(«A paz esteja convosco!»)
«A paz esteja convosco!»
Jesus Ressuscitado anuncia, assim, a paz e infunde-a ao desconcertado ânimo dos discípulos , a paz do Senhor, entendida no seu significado primordial, tanto pessoal quanto interior, tanto moral quanto psicológico, inseparável da felicidade, que São Paulo enumera na sua lista dos frutos do Espírito Santo logo após a caridade e a alegria, quase se confundindo com elas (Gl 5,22). Esta feliz fusão não é estranha à nossa experiência espiritual comum; é até a melhor resposta à interrogação sobre o estado da nossa consciência, quando somos capazes de dizer «a minha consciência está em paz». O que haverá de mais precioso para o homem honesto na sua consciência?
A paz da consciência é, assim, a melhor e a mais autêntica felicidade, que nos ajuda a sermos fortes nas adversidades, nos resguarda a nobreza e a liberdade nas piores condições, e é para todos a tábua de salvação, porque é esperança quando o desespero tende a levar a melhor. O incomparável dom da paz interior é, assim, o primeiro dom de Cristo Ressuscitado aos Seus, dom de Quem havia imediatamente instituído o sacramento que dá a paz, o sacramento do perdão, desse perdão que ressuscita (Jo 20,23).
Paulo VI (1897-1978), papa de 1963 a 1978
Audiência Geral de 9 de Abril de 1975
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