QUEM SOU EU? REFLEXÃO
QUEM SOU EU? REFLEXÃO 24122014
Você já parou algum dia para pensar quem você é realmente? Teve tempo, alguma vez, para enumerar quantas e quantas influências se conjugaram desde a infância até hoje para formar aquele que você julga ser você? Como cordéis invisíveis somos monitorados por ideias e sentimentos que podem ser bem estranhos ao nosso ser real
As frases mais ricas,
expressivas e profundas que já li sobre a impressionante força da influência,
encontra-se na página nº. 160 de “O livro do perdão” de Robin Casarjian - Editora
Rocco-1996:“ Perdoar a si mesmo requer que você dê um passo para trás e olhe
objetiva e honestamente para as pessoas e circunstâncias que influenciaram seus
pensamentos e sentimentos. É preciso que você reconheça que algumas das pessoas
que mais influenciaram o seu desenvolvimento mental e emocional podem não ter
conhecido a realidade do seu próprio estado de perdão. A partir dos seus
próprios medos, distanciamento e ignorância, eles podem ter transmitido a você
mensagens fundamentalmente falsas sobre o que você é, do que você é capaz e o
que você merece.
Para poder se curar,
você precisa reconhecer essas influências, de modo a não se rejeitar e achar
que você devia ser melhor, diferente, ou, o que é pior, nem ao menos existir. ‘
Desde a primeira vez
que li esse texto, me impressionou viva e profundamente. Pela sagacidade fulminante
com que foi ao cerne profundo da questão. Do qual acredito piamente que nem eu
nem você, leitor, esteve ou está plenamente consciente. Não estamos conscientes
nem das influências a que estivemos submetidos na infância e nem mesmo agora
como adultos, sequer temos capacidade de identificar com precisão cirúrgica,
onde, nem quando fomos afetados, violados, distorcidos de nossa real e
verdadeira identidade. Somos todos zumbis, autômatos, guiados pelos cordéis
invisíveis das influências que estão em nosso cerne.
CONEXÃO VALIOSA
“Os bloqueios do medo,
da frustração e da limitação, são as ilusões que aceitamos na infância.
Adotamos os bloqueios como nossos, fizemos deles uma parte de nossa
personalidade.” (página nº. 47 de “O homem Alfa e Ômega da Criação” volume IV
da Biblioteca Rosacruz) (Amorc).
Talvez os autores
desses dois livros acima jamais suspeitassem da estreita conexão que esses dois
textos nos apresentam. Como se encaixam com perfeição, um esclarecendo,
robustecendo, ampliando a ideia em perfeita, luminosa e harmoniosa
conexão.
Aqueles com quem
convivemos desde a infância, como nossos pais, irmãos, parentes, amigos,
professores podem ter nos transmitido ideias e valores desconexos e
desajustados, inverídicos, fantasiosos, impregnados de seus próprios medos,
suspeitas, crítica, ódio ou dúvida sistemática. Essas coisas ficaram tão
implantadas em nosso íntimo que delas sequer temos a mínima consciência. Ou não
nos lembramos de modo algum. Elas se transformaram nos blocos de construção de
nossa personalidade.
O CAOS DO LABIRINTO
Desde a infância
estamos sendo submetidos as mais variadas experiências, sentimentos, emoções,
ideias, conceitos e premissas. Fomos aceitando tudo sem método, sem análise,
sem a correta e devida compreensão. Ninguém nos orientou. Nenhum manual ou
guia. Nessa enxurrada de informações experiências, sentimo-nos como num caótico
labirinto. Sem saber sobre o que pensar, sentir, agir ou decidir. Não tivemos
nenhum fio de Ariadne para não nos perdermos nesse labirinto. Mas “não podemos
permitir que nossos fracassos aprisionem nossos poderes” diz a sabedoria
Rosacruz (Amorc). Devemos e podemos nos guiar pelos nossos talentos, dons,
habilidades que latejam digna e honrosamente nas profundezas sublimes de nosso
coração. Devemos ampliar e aguçar nossos sentidos para ouvir melhor, ver com
maior acuidade, sentir mais com o coração, ouvir mais a silente voz da
intuição. Para tentar nos encontrar a nós mesmos. Precisamos encontrar nossa
identidade real, depurada de medos, dúvidas, suspeitas, ódios. Os quais impedem
nossa felicidade e harmonia conosco mesmo e com toda a natureza.
TREVAS
Somos muito mais nossa
displicente ignorância e inconsciência. Somos nossos medos. Nossas suspeitas,
críticas, ciúmes, ódios, ressentimentos, raiva. Mas ainda não somos de modo
algum nosso Eu real.
Nunca, ou quase nunca
descemos ao inferno da dúvida, do medo, do ressentimento e do ódio para
encará-lo frente a frente e, com destemor inaudito, tirar-lhe, com firmeza
indômita, todo o poder que lhe concedemos.
Mesmo porque
adentrar-se nas profundezas da psique requer disposição, coragem, conhecimento,
sistemática comparação de conceitos passados com os atuais, mais bem elaborados
e submetidos ao crivo da experiência e discernimento. Também requer profunda
disposição e tenacidade. Não pode esmorecer ou desistir enquanto não se
encontra o que nos perturba ou nos adoece. É preciso saber o que buscar e ter a
solução precisa e exata. Pois de nada adianta trabalhar sem ter um objetivo
preciso e esclarecido.
Tanto não adiantar
encarar nossos problemas, pois não sabemos sequer manejar nossa própria
consciência. Sabemos por onde começar? Sabemos onde se iniciou o processo de
ilusão? Sabemos com precisão definir um conceito de nossa própria lavra que
esteja claramente adequado às nossas necessidades? Ou estamos sempre boiando na
superfície de conceitos meramente repetidos e copiados aqui e ali nos livros ou
artigos que lemos? Estes últimos em nada nos ajudam. Pelo contrário, nos
atrapalham a discernir melhor. A visão e percepção deve
ser exclusivamente nossa. Uma conclusão própria.
Sem conhecer a si
próprio, em detalhes e dentro do mais amplo contexto, não há como progredir em
achar e eliminar os medos e suspeitas, ódios e ressentimentos que carregamos
como um peso morto.
Esses medos, ódios,
ressentimentos, críticas, dúvidas estão profundamente fundidos ao nosso ser que
achamos piamente que somos a frustração, a limitação; o que nos rouba a energia
vigorosa que nos serviria para enxotá-los. São ilusões que adotamos como sendo
nossa própria personalidade.
Somos apenas limitados,
frustrados ou iludidos apenas e tão somente pelo nosso próprio discernimento ou
falta de discernimento. Somos limitados por nossa preguiça e indolência ao não
nos libertamos do sono hipnótico da inconsciência. Ela não permite que vejamos
a nobreza ímpar de nosso sublime, honrado, nobre e digno Ser Real. O Verdadeiro
Eu.
Se tivéssemos mais amor
próprio, mais confiança em Deus e em nós mesmos e, empunhando a espada da
sabedoria, da competência e do destemor, expulsaríamos e enxotaríamos esses
vilões.
Na história de todos os
tempos, os povos oprimidos se revoltaram diante da opressão, reunindo forças
uniformemente maciças e coesas, para expulsar o inimigo. Aqui se dá a mesma
coisa. Precisamos reunir nossas forças, nossa energia, inteligência e sabedoria
e aplicá-las a depurar nosso Eu de todas as coisas anômalas que o enfraquecem e
debilitam.
LUZ: TORNAR-SE MAIS
CONSCIENTE
.
Embora ditas a mais de
2.400 anos, as palavras de Sócrates, filósofo grego, permanecem vivas e atuais
tanto naquele tempo quanto hoje: “Não te ignores a ti mesmo, meu caro.”
Referendadas pelas sábias palavras de Shakespeare: “Amor próprio não é tão vil
pecado quanto negligenciar a si mesmo.”
Nestes dias festivos de
Natal e Ano Novo, circula na televisão uma propaganda que diz: “O presente é
estar presente.” Frase simples. Curta. Direta. Mas de profunda, incisiva e
clara mensagem. O quanto necessitamos, de verdade, estar e ser mais presentes.
Tanto para nós mesmos. Quanto para nossos filhos e filhas. Conjugue. Amigos.
Vizinhos. Eu e você necessitamos urgente e definitivamente possuir mais vida,
mais sentimento. Mais essência. Mais vigor e energia pujante. Com mais
vigoroso, intenso e expressivo dinamismo. Mais contato saudável, autêntico,
verdadeiro, mais plenamente cheio de carismático aconchego. De abraço viva e
abundantemente cheio de vida e carinho.
Devíamos nos construir
segundo nossa mais luminosa premonição, baseados na experiência própria.
Seguindo nossas próprias ideias. E não a de outros. Não é porque o livro tal disse ou o tal de
Paulo Jorge da vida escreveu. Mas seguir minha própria orientação. Baseado em
Deus e na luz de nosso próprio entendimento. Formando-nos seres originais, autênticos,
elevadamente dignos e nobres. Essa sim
seria e é a mais elevada e sublime missão.
PROGRAMAÇÃO EMOCIONAL
“Seja feita
a Vossa vontade assim na terra como no céu.” Sendo filhos de Deus, somos
semelhantes a Ele. Assim, nossa decisão cerebral (terra) é uma ordem ou comando
que se transfere ao céu do subconsciente. Inconscientemente tomamos muitas
decisões contrárias ao nosso próprio bem. Mas o subconsciente obedece, porque
você decidiu assim. Não usou suas
faculdades de raciocínio, revisão, reflexão e meditação para se decidir pelo
melhor. Assim como em cima é em baixo. Assim como é no íntimo de nosso coração,
assim é fora, no exterior de nós.
Por que
deveria me construir do melhor modo possível? Porque as ideias tonificadas e
robustecidas pelas emoções tornam-se implantadas no subconsciente, como
poderosa programação emocional. Tornam-se ponto focal de atração de outras
ideias e emoções semelhantes que em muito se unificam para formar uma estrutura
que para nós atraem aquilo de que temos consciência, seja para o bem ou para o
mal. Portanto, vigie-se. Exija bem mais de si. Mas não tanto que lhe seja
opressivo. Seja equilibrado.
Só podemos dar o que
temos. Só podemos dar e compartilhar o que somos.
Autor: Paulo Jorge Pedra
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