Reflexões para o Natal
Anualmente, este tempo do ano nos oferece uma excelente oportunidade para revermos nossas atitudes com relação ao próximo. Há no tempo que precede o Natal e no período natalino um clima diferente dos outros dias. Mesmo o homem que vive como se Deus não existisse, também é tocado por uma atmosfera que tem, no Presépio, seu centro e explicação.
O nascimento de um Menino que veio para nos salvar, consciente ou não, é celebrado. Pode o Natal estar paganizado, envolvido pelo consumismo, deformado sem seu sentido divino, mas permanece sempre algo de verdadeiro em sua celebração.
Vislumbremos nesse tempo a imagem do Presépio. Um estábulo foi transformado em residência humana por falta de condições materiais para poder encontrar um verdadeiro lar (Lc 2,7). A pobreza é uma característica do Natal. O contraste, sua marca indelével, ainda hoje perdura. É essa a situação de mais de 2.000 anos de pregação da Mensagem divina. Basta olhar ao nosso redor os que dormem ao relento.
O Natal é uma festa eminentemente religiosa e também um momento privilegiado para despertar nossa consciência da responsabilidade social de nossa Fé cristã. O Presépio de Belém é um angustiado apelo a cada filho de Deus para, de imediato, tornar possível a nossa solidariedade com os marginalizados.
Este quadro deveria estar sempre diante de nós, principalmente quando estivermos ajoelhados diante do Presépio, onde está reclinado o Menino. Tenho certeza que o mais belo presente que Ele espera de cada um é o compromisso e testemunho de solidariedade. Ele se manifesta por uma expressão concreta de amor para com todos aqueles que Ele fez nossos irmãos, especialmente os mais pobres e marginalizados.
Essas verdades nos são transmitidas na linguagem da Manjedoura. Não há um grito irado dos revolucionários, mas a humildade e a paz de Deus, em cuja voz está a força transformadora do Evangelho. E esta é mais eficaz que a violência, o ódio, a luta de classes.
Nós, cristãos, temos a obrigação de seguir as diretrizes que nos são dadas, como o filho que escuta o pai e a ele obedece. Não somos escravos, mas livres, nos adverte São Paulo (Gl 4,7). Assim, a reflexão diante do Presépio não pode permanecer somente em nosso interior, mas nos leva a uma ação concreta, motivada pela justiça e caridade, para reduzir esse escândalo da miséria que esmaga tantos brasileiros. A festa do Natal é um brado de alerta, um apelo, a manifestação da esperança para que os filhos de Deus consigam uma melhor participação dos bens criados pelo Pai para toda a sua família.
Outro aspecto de nossa meditação é a importância das mudanças estruturais que põem em relevo o valor da justiça social. Todas as vezes que, movidos pelo sentimento de compaixão, abrimos o coração e as mãos, cumulando o pobre de favores, simplesmente não cumprimos o nosso dever de cristãos de forma integral. Falta, ainda, algo essencial! Principalmente em nossos dias, há maior sede de receber em razão de direito adquirido, do que por simples benevolência momentânea de alguém.
Reconheçamos no Presépio o ensinamento autêntico. Cristo aceita os dons que lhe são oferecidos, mas nunca absolve a injustiça de que é objeto, em seus filhos. É necessária a prática da caridade sem substituir o respeito aos direitos de outrem.
As conclusões em favor da justiça social e da solidariedade brotam, necessariamente, do acontecimento da vinda ao mundo do Salvador com as circunstâncias que a envolveram. As exigências de uma profunda transformação nesse campo são claras e imperativas.
A alegria é parte insubstituível do Natal. Deixemos que ela penetre amplamente na atmosfera que respiramos nesta época do ano, não nos esquecendo, porém, que ela traz consigo graves compromissos sociais.
fonte-
Dom Eugenio de Araujo Sales
Cardeal Arcebispo Emérito do Rio de Janeiro
Preparar o Natal com JesusPublicado em: 12 de dezembro de 2014
O
tempo do Advento nos ajuda a parar para pensar por que nós celebramos o
Natal? Se nós não paramos para pensar o “porquê” destes dias tão belos,
então, provavelmente cairemos na armadilha do Natal sem Jesus.
Alguma vez você já entrou em seu carro para ir a algum lugar e, em seguida, sem saber acabou indo na direção errada? Bem, isso é exatamente o que pode acontecer com a nossa festa de Natal, se não aproveitamos o tempo do Advento para preparar o nascimento de Jesus. Para viver bem o tempo do Advento é necessário deixar-se conduzir pelo Espírito Santo.
Uma das primeiras dimensões é a conversão, isto é a mudança de rota em nossa vida. Em 2Cor 5,17 lemos: “Todo aquele que está em Cristo é uma nova criatura. Passou o que era velho; eis que tudo se fez novo!” Ninguém é capaz de se tornar uma nova criatura sozinho. Quem tem Cristo, tem esta nova vida. O sacramento da reconciliação (confissão) é um instrumento importante para quem deseja crescer na vida com Deus.
Outra dimensão é renovar a vida de oração. Aí esta uma das dificuldades, inclusive de muitos cristãos, entenderem a importância da oração para manter a vitalidade da fé. Para isso, é necessário a humildade para reconhecer a necessidade de aprender a rezar. E isso se faz com a ajuda de alguma pessoa preparada para esta tarefa; por meio da leitura de bons livros sobre espiritualidade; e na medida do possível com um diretor espiritual.
Neste Advento, faça a experiência de criar todos os dias um momento de recolhimento para estar a sós com Deus. Procure chegar uns 20 minutos antes da missa começar, para se preparar espiritualmente. Descubra a beleza de fazer uma visita de 15 minutos (no mínimo) ao Santíssimo Sacramento, uma vez por semana. Mais próximo do Natal busque o perdão de Jesus na confissão.
Não se esqueça de que muitas famílias não terão nada em sua ceia natalina. Sozinho ou unido a outras pessoas da sua paróquia (esta segunda opção é melhor), comprometa-se a ajudar uma ou várias famílias com mantimentos natalinos.
Estas atitudes simples, impedirão de ir na direção errada do Natal. Natal é a ocasião para deixar a luz de Cristo brilhar no coração, e despertar uma nova alegria diante da vida. Natal nos une ao amor de Deus, e nos confia a missão de espalhar este amor a todas as pessoas.
fonte- encontro com cristos-Pe Alberto GambariniPublicado em: 12 de dezembro de 2014
Alguma vez você já entrou em seu carro para ir a algum lugar e, em seguida, sem saber acabou indo na direção errada? Bem, isso é exatamente o que pode acontecer com a nossa festa de Natal, se não aproveitamos o tempo do Advento para preparar o nascimento de Jesus. Para viver bem o tempo do Advento é necessário deixar-se conduzir pelo Espírito Santo.
Uma das primeiras dimensões é a conversão, isto é a mudança de rota em nossa vida. Em 2Cor 5,17 lemos: “Todo aquele que está em Cristo é uma nova criatura. Passou o que era velho; eis que tudo se fez novo!” Ninguém é capaz de se tornar uma nova criatura sozinho. Quem tem Cristo, tem esta nova vida. O sacramento da reconciliação (confissão) é um instrumento importante para quem deseja crescer na vida com Deus.
Outra dimensão é renovar a vida de oração. Aí esta uma das dificuldades, inclusive de muitos cristãos, entenderem a importância da oração para manter a vitalidade da fé. Para isso, é necessário a humildade para reconhecer a necessidade de aprender a rezar. E isso se faz com a ajuda de alguma pessoa preparada para esta tarefa; por meio da leitura de bons livros sobre espiritualidade; e na medida do possível com um diretor espiritual.
Neste Advento, faça a experiência de criar todos os dias um momento de recolhimento para estar a sós com Deus. Procure chegar uns 20 minutos antes da missa começar, para se preparar espiritualmente. Descubra a beleza de fazer uma visita de 15 minutos (no mínimo) ao Santíssimo Sacramento, uma vez por semana. Mais próximo do Natal busque o perdão de Jesus na confissão.
Não se esqueça de que muitas famílias não terão nada em sua ceia natalina. Sozinho ou unido a outras pessoas da sua paróquia (esta segunda opção é melhor), comprometa-se a ajudar uma ou várias famílias com mantimentos natalinos.
Estas atitudes simples, impedirão de ir na direção errada do Natal. Natal é a ocasião para deixar a luz de Cristo brilhar no coração, e despertar uma nova alegria diante da vida. Natal nos une ao amor de Deus, e nos confia a missão de espalhar este amor a todas as pessoas.
fonte- encontro com cristos-Pe Alberto GambariniPublicado em: 12 de dezembro de 2014
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