O Verdadeiro tem uma luz inconfudivel

Natanael é considerado por Jesus como um verdadeiro israelita, um homem “sem duplicidade”. Nele “não há artifícios”. Ele não é uma pessoa entregue ao fingimento e à mentira.
A declaração de Jesus expressa a pureza do coração e o dom sem reserva de Natanael. Faz-nos recordar o mandamento do Senhor: “amar a Deus, sem reserva, de todo o coração”. O contrário seria ter um “coração duplo” ou não ser alguém inteiramente de Deus. Pois alimentar a duplicidade em seu agir implicaria estar em desobediência a Deus.
A saudação a Natanael: “Eis um verdadeiro israelita, em quem não há fingimento”, reflete o conhecimento profético de Jesus. Surpreso, Natanael pergunta: “De onde me conheces?” Buscando tranquilizá-lo, Jesus lhe diz: “Antes que Felipe te chamasse, quando estavas sob a figueira, eu te vi”.
Diante de tais palavras, Natanael prostra-se, exclamando: “Rabi, tu és o Filho de Deus, és o Rei de Israel”. Jesus poderia estar recordando a árvore do paraíso, aludindo ao pecado de Adão e de Eva ou dos idosos julgados por Daniel. Segundo os Livros históricos, poderia estar indicando o repouso “sob a vinha ou a figueira”, imagem da paz. Interpretação esta feita pelos profetas. Por outro lado, caso designasse uma árvore seca ou a perda de seus frutos, simbolizaria o castigo.
Segundo a tradição rabínica, interpretação mais comum na época, o fato de estar sob a árvore atesta a participação no conhecimento do bem e do mal. Em outras palavras, descreve a aplicação ou a consagração ao estudo das Escrituras, fonte do conhecimento sagrado.

Essa rica reflexão foi feita por Dom Fernando
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